Fairy

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Se há uma raça tão unida quanto as fadas, a história desconhece. A monarquia desses seres é mais antiga que a própria escrita, ultrapassando milênios de estabilidade sem grandes tragédias reais, como revoltas. Tradicionalmente, há apenas um rei ou uma rainha, não pertencentes a nenhum subtipo de fadas, acompanhados de sete generais, normalmente os mais poderosos entre todos, contudo, por vezes o monarca escolherá aquele que for mais apto e confiável à função.
Quando morrem, um novo rei ou rainha nascerá entre o povo. Até o futuro governante ser identificado e atingir a maioridade, os antigos generais tomarão todas as decisões necessárias entre si, enquanto esperam a ascensão de seu próximo líder. Esse sistema perdura com grande sucesso e contentamento de seus súditos. Através de uma magia ancestral criada pelo primeiro rei, ficou definido que seus sucessores seriam sempre justos e bons. Contudo, o mesmo não pode se dizer de seus generais, alguns causando desconfortos diplomáticos graves com reflexos até os dias atuais.
Há pelo menos um milênio as fadas mantêm relações desagradáveis com os Orcs, um eufemismo por elas usado para se referir à guerra. Essa rixa antiga possui origens em um preconceito enraizado na comunidade mágica: o fato de Orcs não possuírem magia fluindo em seus corpos. A situação se agravou quando as fadas uniram forças com Elfos e Humanos e, por consequência, compraram também briga com súcubos, íncubos, vampiros e trolls, apenas com o intuito de segregar qualquer outra raça que visse com maus olhos seu sistema de governo.
Tal história deixou ainda mais explícita algo que já se questionava há algum tempo: toda essa benevolência das fadas era válida apenas para quem, afinal?
Mesmo seus aliados, humanos e elfos, secretamente possuem seus receios com o pacto de proteção multilateral. A atual rainha recrutou seus generais de confiança há apenas dois anos, deixando uma grande insegurança política no ar.
Um ditado élfico afirma: "São os generais aqueles que fazem os reis", considerando que conselhos inteiros já utilizaram seus reis como marionetes, isso não poderia ser mais verdade. Resta saber se a Rainha Ylere fez uma boa escolha ao eleger seus ministros de confiança.